Resposta àqueles que nos acham inoportunos em nossos protestos contra a exploração animal em qualquer feira ou evento que comercialize, abata ou sacrifique animais.

sábado, 23 de agosto de 2008

Resposta àqueles que nos acham inoportunos em nossos protestos contra a exploração animal.

Foi reeditado acima, mas mantido este post, por respeito aos comentários que seriam perdidos.

Um comentário:

Safih Quelbèrt disse...

Eliane,
Fico muito feliz em ler seu relato/desabafo, principalmente vindo de uma colega em profissão!
Realmente faço suas as minhas palavras.
Ainda bem que mesmo ainda sendo a minoria, vemos qeu em cada canto deste Brasil, existem pessoas como eu, você(como psicólogas) e tantos espalhados.
Um dia, creio que isto mudará, e tenho uma íntima esperança que conosco em vida para acompanharmos o resultado do que estamos plantando.
Um grande abraço,
Safih
http://www.veterinariosnodiva.com.br

Os Veg e os anti-Veg (ou um vegetariano incomoda muita gente...)

Hoje em dia existem pessoas que se opõem ao nosso vegetarianismo ético e nos atacam.
Da nossa parte isto é o que menos importa, ir contra pessoas, estas ou aquelas, mesmo que existam entre nós pessoas que acabem em oposição a outras que pensam diferente. Mesmo que nossa causa nos leve a conflitos muito evidentes e às vezes não pacíficos, ainda assim não é este nosso foco, atacar pessoas ou grupos.
Entre nós há também diferenças e mesmo divergências, como existem em todos os grupos e movimentos, mas temos, entre nós os veg, um mesmo ideal.
Não existe nenhuma diferença entre nós veg e os anti-veg, porque somos todos singulares e diversos e em vários aspectos semelhantes em outros diferentes e humanamente cheios de idiossincrasias , mas há algo que nos diferencia radicalmente.
Enquanto os anti-veg estão unidos contra nós, nós estamos unidos pelos animais ; enquanto os anti-veg existem por que existimos e unem-se para nos atacar, nós existimos porque não aceitamos a exploração dos animais.

observação: uso a expressão veg aqui, porque o grupo que nos critica se intitulam "anti-veg"

Não acabem com as tradições !

Meat The Truth - Uma Verdade Mais Que Inconveniente

o Custo da Carne ( e de qualquer produção artificial de animais)

o Custo da Carne ( e de qualquer produção artificial de animais)

Ecologia e Vegetarianismo

Dieta vegetariana pode ajudar a reduzir o consumo da água

Carta do Cacique se Seatle

Isto está aqui, porque é um exemplo de outro paradigma, outra forma de ver o mundo, outra visão de mundo.

"O grande chefe de Washington mandou dizer que deseja comprar a nossa terra. O grande chefe assegurou-nos também de sua amizade e sua benevolência. Isto é gentil de sua parte, pois sabemos que ele não necessita da nossa amizade. Porém, vamos pensar em tua oferta, pois sabemos que se não o fizermos, o homem branco virá com armas e tomará nossa terra.

O grande chefe em Washington pode confiar no que o chefe Seatle diz, com a mesma certeza com que nossos irmãos brancos podem confiar na alternação das estações do ano. Minha palavra é como as estrelas - elas não empalidecem".

Como podes comprar ou vender o céu, o calor da terra? Tal idéia é-nos estranha. Nós não somos donos da pureza do ar ou do resplendor da água. Como podes então comprá-los de nós?
Decidimos apenas sobre o nosso tempo. Toda esta terra é sagrada para o meu povo. Cada folha reluzente, todas as praias arenosas, cada véu de neblina nas florestas escuras, cada clareira e todos os insetos a zumbir são sagrados nas tradições e na consciência do meu povo.

Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele um torrão de terra é igual a outro. Porque ele é um estranho que vem de noite e rouba da terra tudo quanto necessita. A terra não é sua irmã, mas sim sua inimiga, e depois de exauri-la, ele vai embora. Deixa para trás o túmulo dos seus pais, sem remorsos de consciência. Rouba a terra dos seus filhos. Nada respeita. Esquece a sepultura dos antepassados e o direito dos filhos. Sua ganância empobrecerá a terra e vai deixar atrás de si os desertos. A vista de suas cidades é um tormento para os olhos do homem vermelho. Mas talvez isso seja assim por ser o homem vermelho um selvagem que nada compreende. Não se pode encontrar paz nas cidades do homem branco. Nem um lugar onde se possa ouvir o desabrochar da folhagem da primavera ou o tinir das asas de insetos.

Talvez por ser um selvagem que nada entende, o barulho das cidades é para mim uma afronta contra os ouvidos. E que espécie de vida é aquela em que o homem não pode ouvir a voz do corvo noturno ou a conversa dos sapos no brejo, à noite? Um índio prefere o suave sussurro do vento sobre o espelho da água e o próprio cheiro do vento, purificado pela chuva do meio-dia e com aroma de pinho. O ar é precioso para o homem vermelho. Porque todos os seres vivos respiram o mesmo ar - animais, árvores, homens. Não parece que o homem branco se importe com o ar que respira. Como um moribundo ele é insensível ao seu cheiro. Se eu me decidir a aceitar, imporei uma condição. O homem branco deve tratar os animais como se fossem seus irmãos. Sou um selvagem e não compreendo que possa ser certo de outra forma. Vi milhares de bisões apodrecendo nas pradarias, abandonados pelo homem branco que os abatia a tiros disparados do trem. Sou um selvagem e não compreendo como o fumegante cavalo de ferro possa ser mais valioso do que um bisão que nós, os índios, matamos apenas para sustentar nossa própria vida.
O que é o homem sem os animais? Se todos os animais acabassem, os homens morreriam de solidão espiritual porque tudo quanto acontece aos animais pode também afetar os homens.

Tudo está relacionado entre si. Tudo que fere a terra fere também os filhos da terra. Os nossos filhos viram seus pais serem humilhados na derrota. Os nossos guerreiros sucumbem sob o peso da vergonha. E depois da derrota passam o tempo em ócio, e envenenam seu corpo com alimentos doces e bebidas ardentes. Não tem grande importância onde passaremos nossos últimos dias - eles não são muitos. Mais algumas horas, até mesmo uns invernos, e nenhum dos filhos das grandes tribos que viveram nesta terra ou que tem vagueado em pequenos bandos nos bosques, sobrará para chorar sobre os túmulos, um povo que um dia foi tão poderoso e cheio de confiança como o nosso.

De uma coisa sabemos que o homem branco talvez venha um dia a descobrir: - O nosso Deus é o mesmo Deus! - Julgas, talvez, que o podes possuir da mesma maneira como desejas possuir a nossa terra. Mas não podes. Ele é Deus da humanidade inteira. E quer bem igualmente ao homem vermelho como ao branco. A terra é amada por Ele. E causar dano à terra é demonstrar desprezo pelo seu Criador. O homem branco também vai desaparecer talvez mais depressa do que as outras raças. Continua poluindo tua própria cama, e hás de morrer uma noite, sufocado nos teus próprios dejetos!

Depois de abatido o último bisonte e domados todos os cavalos selvagens, quando as matas misteriosas federem à gente, e quando as colinas escarpadas se encherem de mulheres a tagarelar - onde ficarão então os sertões? Terão acabado. E as águias? Terão ido embora. Restará o adeus à andorinha da torre e à caça, o fim da vida e o começo da luta para sobreviver.

Talvez compreenderíamos se conhecêssemos com que sonha o homem branco, se soubéssemos quais as esperanças que transmite a seus filhos nas longas noites de inverno, quais as visões do futuro que oferece às suas mentes para que possam formar os desejos para o dia de amanhã. Mas nós somos selvagens. Os sonhos do homem branco são ocultos para nós. E por serem ocultos, temos de escolher o nosso próprio caminho. Se consentirmos, é para garantir as reservas que nos prometeste. Lá talvez possamos viver os últimos dias conforme desejamos. Depois do último homem ter partido e a sua lembrança não passar de uma nuvem a pairar acima das pradarias, a alma do meu povo continuará a viver nestas florestas e praias, porque nós as amamos como um recém-nascido ama o bater do coração de sua mãe. Se te vendermos nossa terra, ama-a como nós a amávamos. Protege-a como nós a protegíamos. Nunca esqueças como era a terra quando dela tomaste posse. E com toda tua força, o teu poder, e todo o teu coração - conserva-a para teus filhos e ama a todos. Uma coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus. Esta terra é querida por Ele. Nem mesmo o homem branco pode evitar o nosso destino comum."

Carta do Cacique de Seatle- segunda versão

"O presidente em Washington, informa que deseja comprar ou vender o céu, ou a terra? A idéia nos é estranha. Se não possuímos o frescor do ar e a vivacidade da água, como vocês poderão comprá-los.
Cada parte desta terra é sagrada parra meu povo. Cada arbusto brilhante do pinheiro, cada porção de praia, cada bruma da floresta escura, cada campina, cada inseto que zune. Todos são agrados na memória e na experiência do meu povo.
Conhecemos a seiva que circula nas árvores, como conhecemos o sangue que circula em nossas veias. Somos parte da terra, e ela é parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs. O urso, o gamo e a grande águia são nossos irmãos. O topo das montanhas, o húmus das campinas, o calor do corpo do pônei, e o homem pertencem todos a mesma família.
A água brilhante que se move nos rios e riachos não é apenas água, mas o sangue de nossos ancestrais. Se lhe vendermos nossa terra, vocês deverão lembrar-se que ela é sagrada. Cada reflexo espectral nas claras águas dos lagos fala de eventos e memórias na vida do meu povo. O Murmúrio da água é a voz do pai do meu pai.
Os rios são nossos irmãos. Eles saciam nossa sede, conduzem nossas canoas e alimentam nossos filhos. Assim, é preciso dedicar aos rios a mesma bondade que se dedicaria a um irmão.
Se lhe vendermos a nossa terra, lembre-se de que o ar é precioso para nós, o ara partilha seu espírito com toda a vida que ampara. O vento, que deu ao nosso avô seu primeiro alento, também recebe seu último suspiro. O vento também dá às nossas crianças o espírito da vida. Assim, se lhe vendermos nossa terra, vocês deverão mantê-la à parte e sagrada, como um lugar onde o homem possa apreciar o vento, adocicado pelas flores da campina.
Ensinarão vocês às suas crianças o que ensinamos às nossas? Que a terra é nossa mãe? O que acontece à terra acontece a todos os filhos da terra.
O que sabemos é isto: a terra não pertence ao homem, o homem pertence à terra. Todas as coisas estão ligadas, assim como o sangue une a todos. O homem não teceu a rede de vida, é apenas um dos fios dela. O que quer que ele faça à rede, fará a si mesmo.
Uma coisa sabemos: nosso deus é também o seu deus. A terra é preciosa para ele e magoa-lo é acumular sobre seu criador.
O destino de vocês é um mistério para nós. O que acontecerá quando os búfalos forem todos sacrificados? Os cavalos selvagens, todos domados? O que acontecerá quando os cantos secretos da floresta forem ocupados pelo odor de muitos homens e a vista dos montes floridos for bloqueada pêlos fios que falam? Onde estarão as matas? Sumiram! Onde estará a águia? Desapareceu! E o que se dizer adeus ao pônei arisco e a caça? Será o fim da vida e o início da sobrevivência.
Quando o último pele-vermelha desaparecer, junto com sua vastidão selvagem e a sua memória for apenas a sombra de uma nuvem se movendo sobre a planície à estas praias e a estas florestas ainda estarão aí? Alguma coisa do espírito do meu povo ainda restará?
Amamos esta terra como o recém-nascido ama as batidas do coração da mãe. Assim, se lhe vendermos nossa terra, amem-na como a temos amado. Cuidem dela como temos cuidado. Gravem em suas mentes a memória da terra tal como estiver quando a receberem. Preservem a terra para todas as crianças e amem-na, com Deus nos ama a todos.
Assim como somos parte da terra, vocês também são parte da terra. Esta terra é preciosa para nós, também é preciosa para vocês. Uma coisa sabemos: existe apenas um Deus. Nenhum homem, vermelho ou branco, pode viver à parte, somos todos irmãos”
http://recantodaspalavras.wordpress.com/2007/04/29/o-dia-da-terra-carta-do-indio/

Vegetarianos ....

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